sábado, 28 de março de 2015

Romantismo – Teoria do Sublime

O conceito da Teoria do Sublime e seu uso nas pinturas do romantismo

A Teoria do Sublime, desenvolvida por Edmund Burke, como uma das principais características do movimento cultural do romantismo.



             Conceitualmente, o romantismo utilizou-se da chamada “teoria do sublime”, desenvolvida pelo inglês Edmund Burke – e logo difundida pelo iluminista Denis Diderot, na França. Burke escreveu, em 1757, o tratado “Uma Investigação Filosófica Sobre a Origem de Nossas Ideias do Sublime e do Belo”.
Edmund Burke (1729-1797)             Enquanto os neoclassicistas buscavam o ideal clássico de beleza – proporção, simetria, harmonia – os românticos buscavam imprimir em suas obras o sublime. Sublime é tudo o que exalta a alma, espanta os sentidos, tudo o que é grandioso. Tal deleite sensorial pode ser obtido com a beleza extrema e com as luzes, mas também com a feiúra e as trevas. O horror também pode ser extraordinário. Para Burke, inclusive, o terror é causador da mais forte emoção que a mente é capaz de sentir. Ao se notar que este terror é fictício, experimenta-se o deleite.
Edmund Burke (1729-1797)




               Kant, em sua “Crítica do Julgamento” (1790), contribuiu para esta noção com a afirmativa: “chamamos de sublime aquilo que é absolutamente grande, e notando que a beleza se liga à forma do objeto, tendo, assim, limites, e que o sublime é caracterizado pelo informe e pelo ilimitado”.
             Assim, a natureza nas pinturas do romantismo não é serena e apaziguadora, mas devastadora e misteriosa. Os traços não são claros e precisos, mas confusos e incertos, apostando na imaginação para preencher as lacunas. O homem não é perfeito, mas pequeno e solitário, capaz tanto de realizar o bem quanto praticar o mal.

Texto encontrado no: http://abstracaocoletiva.com.br/2012/11/06/o-romantismo-e-a-teoria-do-sublime/

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