sábado, 4 de abril de 2015

Valores românticos nos dias de hoje



Observem como os valores românticos chegaram até nós em termos estéticos, de hábito, gosto pessoal, atitude e moda, por exemplo, imitações de uma vida nobre por novos ricos burgueses.

Tópico 1 - A ascensão da burguesia e o Romantismo na Europa.
        Quando estudamos Romantismo, observamos uma coincidência interessante: o estilo romântico é uma modificação de modos de ver o mundo de uma forma apaixonada, no início do século XIX, e que se opõe ao racionalismo dos séculos anteriores. 
Ao mesmo tempo, a sociedade européia vem sofrendo grandes transformações sociais em face da Revolução Francesa de 1789 e da Revolução Industrial dos meados do século XVIII.

O século XIX é um século caracterizado por processos de contestação globais.
         Nós sabemos, ao estudarmos História Geral, que desde o século XVI na Europa e, anteriormente, XIV em Portugal, a burguesia veio se fortalecendo e conquistou, pouco a pouco, um lugar político e econômico na sociedade medieval.
      Posteriormente, na sociedade dos séculos XVII e XVIII, através de alianças com a realeza, em oposição aos privilégios da nobreza de cada país, a burguesia foi assumindo uma grande influência política aliada ao seu poder econômico.



O papel da burguesia no século XVI
     Quando pensamos em burguesia, imediatamente a opomos à nobreza que, durante séculos, deteve privilégios políticos e econômicos.Basta nos lembrarmos da expansão marítima do século XVI, em Portugal e Espanha, e nos lembraremos que a burguesia, através de financistas, grandes comerciantes e industriais estava por trás das Grandes Navegações, junto com a nobreza, que era o poder militar da época.
     Para entendermos a importância do Romantismo no mundo em que vivemos, precisamos relembrar as dificuldades do processo de ascensão da burguesia ao longo dos séculos XVI a XVIII.A vida da nobreza, no período medieval, era algo próximo a esta reconstituição turística: Cidade de Carcassonne, sul da França. Veja a vida de luxo da nobreza e o ambiente suntuoso.

Evidentemente, este luxo que a nobreza gozava era pago por tributos, impostos ao povo mais pobre, mas, principalmente, aos burgueses, comerciantes e corporações de ofício nas cidades. 


Só para você se lembrar, as corporações de ofício eram organizações de trabalhadores, artesãos, por especialidade: tanoeiros, ferreiros, alfaiates, padeiros, e outras mais.
Tópico 2 - O crescimento da burguesia nas cidades e no campo
       Vivendo num ambiente extremamente difícil, em face dos privilégios da nobreza, a burguesia buscou seu lugar na sociedade, através de suas empresas, normalmente voltadas para produção e comércio.
As condições de trabalho nas cidades eram difíceis: numa casa, a família toda e seus agregados dormiam, trabalhavam, produziam como se fosse um atelier de alfaiataria ou uma sapataria artesanal.


Enquanto a burguesia acumulava riquezas, a nobreza e a realeza gastavam irresponsavelmente, em todos os países. Na França, no final do séc. XVIII, a situação se tornou insustentável.
O tesouro real estava sempre em débito, a arrecadação de impostos caía cada vez mais e o governo gerava inflação através de emissões de moeda, sem lastro em ouro.

Como, ao longo dos séculos, a burguesia construiu suas riquezas?

     Através de empreendimentos econômicos, comerciais, feiras, importação de produtos de luxo, poupança, compra de privilégios aos nobres, desenvolvimento de manufaturas, a burguesia enriqueceu ao longo dos séculos e, com esta riqueza, fatalmente, buscou o poder político e seu reconhecimento pela sociedade.


A burguesia assume o poder político.

      Ser reconhecida pela sociedade era, forçosamente, impor seus valores e visão de mundo... e foi isso que a burguesia alcançou ao longo dos séculos, concretizando tais objetivos a partir, principalmente, da Revolução Francesa – 1789, quando assume o poder político na França revolucionária. 
Seus valores e modo de vida se espalham por todo o mundo e é neste contexto que temos a plenitude do Romantismo.

Com os tesouros reais em débito, a realeza não conseguia mais financiar o aparato suntuário do Estado. A situação do povo se tornou cada vez pior, fazendo explodir a revolução.


Tópico 3 - A queda da Bastilha torna-se o símbolo da Revolução Francesa e do movimento Romântico

       As idéias revolucionárias circulavam por toda Europa. As condições econômicas e financeiras caóticas na França e o regime de incríveis privilégios da nobreza fizeram com que, em 1789, fosse deflagrada a Revolução Francesa, cujo marco foi a queda da Bastilha.



Por que a Bastilha se tornou um símbolo da tirania?

        Não era para menos: a Bastilha era uma fortaleza, construída por Carlos V de França, durante a Guerra dos 100 anos, como o portal de entrada do bairro de St. Antoine, em Paris. Era o símbolo do poder real e da tirania do regime.
"Ficou realmente conhecida por ter sido uma prisão, assim funcionando desde o início do século XVII até o final do século XVIII.." Invadir a Bastilha, soltar os presos, confiscar as armas era atacar o poder real, e foi isto que a população fez, incitada por suas lideranças burguesas.


Como explodiu a revolução?

    A população francesa, durante os eventos revolucionários em 1789, na França, ao saber pelo jornalista “Camille Desmoulins que as tropas reais iriam iniciar uma repressão forte contra o povo de Paris, ... se reúne e invade o que era um símbolo do reino da França, um símbolo dos privilégios odiosos da nobreza: a Bastilha.”


A Revolução Francesa 

    Este é o marco histórico da Revolução Francesa e também um símbolo de derrota da tirania pelo povo, um marco do Romantismo que caracteriza esta época e cujos ideais – Liberdade, Igualdade e Fraternidade - permanecem até hoje entre nós.


A influência dos valores românticos foi tão grande que pessoas mudaram de nome no Brasil, passando a ostentar nomes ou sobrenomes indígenas. O Romantismo no Brasil foi um movimento anticolonialista e antilusitano, acompanhando o processo de independência do país em 1822. 
A arte é um produto. As novelas românticas eram escritas em jornais semanais, em capítulos, lidos em saraus. Depois de testadas junto ao público, eram publicadas em livros. 
Vamos, agora, observar quantos objetos  convivemos em nosso dia a dia, sem nos darmos conta que provieram do período romântico.

A religiosidade , o Cristianismo , Católico ou Protestante , não importa , está  muito presente  no Romantismo 














Leque bastante usado naquela época 











Demonstra um gosto pelo brilho social 











Texto encontrado no link : http://port8keditfundamental.jimdo.com/un-1-romantismo-x-realismo/painel-1-o-romantismo-no-s%C3%A9culo-xix-e-sua-heran%C3%A7a-nos-dias-de-hoje/

2 comentários:

  1. Amei as imagens, as músicas, os comentários. Parabéns!

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  2. Explicação perfeita, esse blog está demais, parabéns mesmo, muito organizado e completo.

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